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Marcação a mercado

 

A partir de 2 de janeiro de 2023, por determinação da ANBIMA, distribuidores de investimentos passaram a disponibilizar para os clientes os valores de referência dos investimentos em títulos de Renda Fixa (debêntures, CRIs, CRAs e títulos públicos federais (com exceção do tesouro direto). Ou seja, passaram a ser marcados a mercado.

A marcação a mercado serve para mostrar o valor do título de acordo com os valores negociados naquele momento e pode mostrar variações inesperadas e que, muitas vezes, vão te assustar no valor do seu investimento.

Isso ocorre porque quando a taxa oferecida sobe, como vem acontecendo atualmente, pois o mercado tem exigido mais prêmio de risco devido a, entre outras coisas, o cenário de incertezas fiscal, o saldo dos investimentos cai e, se a taxa oferecida cai, o valor do investimento aumenta.

Dessa maneira, todos poderão acompanhar com maior transparência o valor real do patrimônio e a variação de cada investimento.

Na prática teríamos:

Se você comprou ontem um título com taxa de 14,0% ao ano e hoje ele está sendo negociado a 14,5% ao ano, você verá um valor menor do seu investimento, portanto um prejuízo.

Já, se você comprou um título com taxa de 14% ao ano e hoje ele está sendo negociado a 13,5% ao ano, o valor do seu título estará maior, mostrando um saldo maior.

 

Abaixo, como exemplo, o gráfico da debênture da Equatorial  (EQSP11), do site da Anbima e a variação dos preços indicativos. Veja que de fevereiro a julho de 2021, o preço a mercado (linha verde) estava maior que o preço na curva (linha azul) e que a partir de agosto, passou a ficar abaixo.

 

marcacao a merc1.png
marcacao merc2.png

Os principais benefícios da regra são:

Melhor visibilidade dos efeitos das variáveis de mercado sobre sua posição em títulos.

Possibilidade de identificar oportunidades de venda antecipada ou novas compras.

Padronização dos preços entre as instituições financeiras aderentes ao Código ANBIMA.

Esses dados já podem ser consultados hoje, gratuitamente, pelo ANBIMA Data, que é o portal de informações do mercado da ANBIMA, onde você encontrará muitas ferramentas interessantes. Vale a navegação.

E se me ligarem para oferecer a opção pela marcação na curva?

Os investidores que possuem aplicações de valores superiores a R$ 1 milhão e que se enquadram como investidores qualificados podem optar por manter a marcação na curva desses títulos.

Teoricamente, se você não pretende vender o título antes do vencimento receberá a taxa pactuada na compra, independente das oscilações do preço ao longo do período investido, desconsiderando os outros riscos envolvidos, como o risco de crédito.

Só a marcação a mercado te mostrará o valor real do título, caso você decida vendê-lo antecipadamente e também poderá te alertar sobre os outros riscos que podem impactar no valor do seu investimento. Por exemplo, caso a percepção da qualidade do crédito do emissor mude, a precificação do ativo será impactada. Assim, a marcarção a mercado oferece mais transparência ao investidor.

Vale lembrar que a marcação a mercado é apenas uma referência de preços indicativos. Assim, caso precise ou resolva vender o título antes do vencimento, o valor exibido no extrato estará mais próximo do preço de mercado, porém não será exatamente o valor pelo qual o ativo será vendido. Dependerá das condições do negócio e por diferenças cobradas pela instituição financeira / assessor.


Sempre recomendo que fiquem com a opção de maior transparência portanto, minha recomendação é para que optem pela marcação a mercado e não aceitem a eventual sugestão de manter a marcação na curva.

 

Qualquer dúvida, entre em contato comigo aqui.

 

 

Fonte: Anbima

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Publicado em 21/12/2022

Atualizado em 08/01/2023